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As novas relações entre desenvolvedores e as empresas

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    A busca incessante por desenvolvedores fez com que estes profissionais ditassem, a partir de agora, o ritmo do mercado

    A automatização de inúmeros processos, bem como o trabalho remoto e a necessidade de que as empresas se insiram no campo digital acelerou muito mais rápido do que o número de talentos de TI, e isso gerou uma escassez de mão-de-obra extremamente prejudicial para empresas que buscam crescimento. 

    Dentre os profissionais mais requisitados, encontram-se os desenvolvedores de software, sendo eles um dos principais grupos responsável por estabelecer novas relações de trabalho, das quais empresas precisam estar muito atentas caso não queiram enfrentar inúmeros problemas relacionados à baixa quantidade de colaboradores.

    Falamos diversas vezes que o mercado está diferente, mas o que exatamente mudou? O que é necessário saber para conseguir atrair os desenvolvedores até os seus negócios? Neste artigo vou responder a estes dois questionamentos, elencando os principais tópicos que merecem a atenção de todos os gestores que buscam fortalecer o setor de tecnologia das suas startups.

    Quais as principais mudanças?

    Pode parecer óbvio mas, para falar sobre mudanças, é preciso começar exatamente pelo começo. A tecnologia está em constante evolução desde o seu surgimento, e não seria na era técnico-científica informacional que isso iria deixar de acontecer. 

    A questão não é sobre as evoluções em si e sim sobre a velocidade com que elas vêm ocorrendo, que é muito mais rápida do que o esperado. As novas ferramentas e aparatos tecnológicos no geral, estão cada vez mais presentes em nossa vida, o que altera o dia a dia das empresas e, obviamente, dos trabalhadores.

    A pandemia foi um dos fatores que aceleraram ainda mais estas mudanças de cenário, provocando modificações que aconteceriam, provavelmente, em um futuro próximo e acompanhariam o ritmo de formação e aquisição de experiências de novos profissionais. 

    Por isso, flexibilidade, alta remuneração, trabalho remoto e até mesmo a autogestão são alguns dos itens pelos quais os profissionais estão buscando antes de se candidatar para uma vaga.

    Trabalho remoto e flexibilidade

    A busca por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é algo muito prezado pela grande maioria dos profissionais desenvolvedores, e por este motivo, somado ao cenário de pandemia pelo qual vivemos, a possibilidade de ter um horário flexível e de trabalhar remotamente são itens que podem despertar a atenção de talentos para o seu negócio. 

    O trabalho longe das dependências da empresa já era uma realidade que estava em crescente, principalmente fora do Brasil. No entanto, o isolamento social despertou a ideia de que manter este regime pode ser muito interessante, tanto para as organizações como para os profissionais. 

    Aqui vale ressaltar que trabalho remoto não é o mesmo do que trabalho em casa (o conhecido home office). Trabalhar remotamente significa que você não precisa estar produzindo no escritório da sua casa, mas sim de qualquer lugar, seja em um café, parque ou até mesmo na praia. Com isso, juntamente aos horários flexíveis, é possível unir a manutenção da qualidade de vida dos colaboradores com o aumento da produtividade e de bons resultados.

    Capacidade de autogestão

    Uma outra característica que os profissionais desenvolvedores têm buscado, e que está diretamente ligada ao trabalho remoto, é a autogestão. Isso significa que o microgerenciamento, que já não fazia sentido antes, hoje não deve ser nem considerado como uma opção para liderar um time. 

    Talentos têm buscado por mais autonomia para desenvolver seus trabalhos e lidar com as suas responsabilidades e, por este motivo, as empresas precisam formar seus líderes para que eles se certifiquem do trabalho de determinada equipe através dos resultados entregues, além de estimular e treinar a autonomia de cada colaborador.

    É preciso que a cultura de sua startup ofereça um espaço onde o desenvolvimento da autoliderança seja possível, portanto, deixe muito claro que no seu negócio não haverá um gerenciamento verticalizado ou um microgerenciamento. Isso faz com que os profissionais tenham noção das suas próprias responsabilidades e, sem o excesso de cobrança, eles se tornam muito mais produtivos.

    Remuneração

    Com o mercado em expansão, o trabalho de desenvolvedores vem sendo muito valorizado e, com isso, os salários que já eram maiores, em comparação a outras áreas, estão ainda mais elevados.

    A remuneração varia de acordo com a formação técnica e também com outras habilidades de cada talento. Quanto mais práticos e plurais estes conhecimentos, bem como o nível de experiência de cada desenvolvedor, maiores os salários. 

    Mesmo que variável, os salários são elevados e muitos profissionais recebem até mesmo em dólar. Tenha em mente que a remuneração deve sempre fazer jus às responsabilidades assumidas por cada profissional dentro da sua empresa.

    Muitas empresas investem em benefícios exclusivos e bonificações que permitem que os talentos se mantenham em desenvolvimento pessoal e profissional. Por este motivo é importante conhecer muito bem como você pode negociar a remuneração com os profissionais que deseja.

    Ecossistemas para desenvolvedores

    Por se tratar de processos nada simples, muitas empresas buscam fazer parte de ecossistemas de talentos de tecnologia que transformam o modo como as relações de trabalho se dão, prezando pela velocidade e flexibilidade quando o assunto são os talentos.

    Na verdade, as empresas que integram estes ecossistemas não precisam mais buscar os profissionais incessantemente, pois eles já estarão lá, prontos para integrar os times das startups. 

    Uma ideia bem consolidada no exterior que garante às startups brasileiras vários passos à frente na corrida por talentos. 


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