O futuro das relações de trabalho no mercado de tecnologia

As empresas precisam se adaptar! Quem trabalha no mercado de tecnologia sabe que as relações de trabalho mudaram, tendo em vista que nos últimos anos estamos vivendo um momento de extrema demanda e baixa oferta no mundo todo. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, serão criados 70 mil novos empregos para o segmento em 2021.

Não precisamos nem dizer que não temos gente o suficiente, né? O jogo virou e agora são os talentos que ditam as regras. Se você não entendeu isso ainda, sentimos em te dizer, mas a sua empresa vai sofrer. Sofrer pela dificuldade de contratar e reter bons talentos e, como você sabe, talentos são o combustível de qualquer negócio. Principalmente agora, na era do conhecimento. 

A adaptação não é simples, assim como não foi para o mercado de mobilidade quando a Uber chegou, ou para o mercado de hotelaria quando o Airbnb nasceu. Não é fácil, mas é possível. Para ajudar, existem alguns conceitos já estudados e aplicados por outras empresas ao redor do mundo que podem economizar em muito o seu tempo.

Vamos falar sobre alguns deles aqui. Acompanhe abaixo!

Organizações exponenciais 

No livro de mesmo nome o autor Salim Ismail explica as diferenças entre as organizações que crescem de maneira linear e as organizações que crescem de forma exponencial (Google, Uber, Airbnb, Netflix e etc…).

O livro é dividido em duas partes principais que tratam dos atributos externos (S.C.A.L.E) e dos atributos internos (I.D.E.A.S). Indo direto ao ponto, trataremos do assunto que está mais relacionado à contratação de talentos.

O S dos atributos externos (S.C.A.L.E) é de Staff On Demand, cujo a ideia principal é ter uma equipe que reage (aumenta ou diminui) conforme a demanda. Basicamente, você precisa entender que agora os talentos escolhem projetos para trabalhar e podem não querer mais passar a vida toda trabalhando para você. 

É uma relação mais de acesso a talentos do que de fato ter os talentos. (De novo, bem semelhante às propostas da Uber e Airbnb) e dessa forma, você tem acesso a talentos com habilidades específicas, por um determinado período (e esse período pode ser tanto 3 meses, quanto 3 anos, tudo vai de acordo com cada jornada). Uma relação muito mais honesta e clara, desde o início.  

Além de facilitar a contratação, esse tipo de relação te ajuda a ter mais flexibilidade na força de trabalho. Afinal, quem não quer transformar custo fixo em custo variável? É claro que isso funciona bem para determinadas profissões, como as que possuem uma demanda de mercado cada vez maior, como tecnologia, marketing ou inside sales. 

Open Talent Economy

O termo foi disseminado pela primeira vez em 2013 pela Deloitte e fala sobre como eles acreditavam que as organizações iriam se comportar em 2020. Uma das maiores promessas da época, que inclusive estava certa, foi o surgimento de um ecossistema de talentos. 

Esses ecossistemas permitem que as empresas tenham mais flexibilidade e versatilidade (muito de encontro com as organizações exponenciais) ao tratar de talentos. Ter apenas funcionários não é mais o suficiente para as empresas que querem mudar o mundo.

Nesse mesmo estudo a Deloitte cita algumas formas de organização de talentos: 

  • Partnership talent: Talentos que trabalham em um modelo próximo ao convencional. 
  • Borrowed talent: Talentos que trabalham como se fossem funcionários convencionais, mas são terceirizados. 
  • Freelance talent: Talentos independentes que trabalham em projetos temporários.
  • Open source talent:  Talentos que não necessariamente são parte da sua empresa, mas contribuem para o desenvolvimento de algum serviço ou produto.

E não pense que esses conceitos foram criados agora, ambos são citados há alguns anos. Ou seja, quanto ao futuro das relações de trabalho, já estamos atrasados.

Aqui na EZ nós utilizamos esses conceitos não só para escalar o nosso time, mas também os times de nossos clientes. Levamos as práticas de acesso a talentos para Startups e Scale-ups de todo o Brasil. E como dissemos acima, não é simples, exige muito esforço e aprendizado, mas é possível.

Qualquer dúvida ou sugestão deixe aqui nos comentários. Para falar conosco, clique aqui

Boa sorte na escala do seu time!

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Gabriel
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