Ser considerado um programador sênior é um objetivo para muitos profissionais na área de tecnologia. Porém, nem todos sabem exatamente o que significa ser considerado um talento de nível sênior e quais são as características que o definem.
Os programadores seniores são responsáveis por garantir a qualidade e a eficiência do código, além de liderar projetos e equipes e orientar outros programadores e tomar decisões importantes para o sucesso do projeto.
Como profissional de TI, é importante conhecer seu nível de habilidade e experiência para que você possa avaliar seu próprio progresso e se posicionar adequadamente no mercado de trabalho. No entanto, as classificações de níveis de senioridade não se resumem apenas à quantidade de experiência e conhecimento que eles têm na área de desenvolvimento de software.
Mas, então, como você saberá se já pode ser considerado um programador sênior? Existe algum parâmetro? A resposta para isso é: depende!
A senioridade de um profissional de tecnologia vai muito além dos anos em que ele atua na área e é isso o que vamos explicar neste artigo, elencando todos os fatores que levam um profissional a ser considerado sênior.
Características gerais de um programador sênior
As características de um programador sênior vão muito além da vasta experiência em escrever códigos ou trabalhar em um projeto ao longo de muitos anos. É necessário ter habilidades técnicas avançadas, tempo de experiência significativo e autonomia para auxiliar a guiar projetos e equipes.
Abaixo, vamos falar um pouco mais sobre essas características!
Ser um desenvolvedor sênior não é o mesmo de um desenvolvedor antiquado
Muitos ainda confundem experiência com anos trabalhados em um projeto. Mas, o fato é que se você passa cerca de dez anos de sua vida profissional trabalhando em um único tipo de projeto, com uma única linguagem de programação, sem aumentar a complexidade do seu desenvolvimento, você não é um desenvolvedor sênior, e sim um profissional antiquado.
Permanecer na mesma posição em um time durante muitos anos denota expertise, mas não experiência. Ou seja, você pode ser especialista em determinado projeto e saber tudo sobre seu desenvolvimento. Mas, para ser considerado um desenvolvedor experiente, é necessário que você tenha passado por diferentes níveis de desafios durante sua carreira, saindo da zona de conforto e solucionando problemas reais da empresa na qual você trabalha.
Sim, o tempo de experiência é levado em conta
O tópico mais importante a ser considerado é, com certeza, a experiência comprovada do profissional em desenvolvimento de software. De forma simplificada, muitos costumam identificar um profissional júnior como alguém que possui menos de dois anos de experiência na área em que atua. Após este período, são considerados desenvolvedores plenos e, ao completar aproximadamente dez anos de experiência, estamos lidando com programadores sênior.
No entanto, existem casos em que os desenvolvedores ainda não alcançaram estes longos anos de experiência, mas já passaram por diversos desafios técnicos e possuem um vasto conhecimento em diversas linguagens, frameworks e tecnologias que os fazem ser considerados como desenvolvedores sênior mesmo que ainda “jovens’ na carreira.
Conhecer as soluções para os diversos problemas que ocorrem no dia a dia da construção de um software e, acima de tudo, implementá-las da forma correta é um dos fatores que diferencia um desenvolvedor sênior dos plenos e juniores.
A tomada de decisão é um tópico importante
Saber tomar as decisões corretas, e entender em que momento agir para contornar uma situação inesperada, é uma outra característica de programadores sênior. Este perfil profissional reúne em sua bagagem, conhecimento técnico o suficiente para desenvolver um trabalho de forma precisa e realmente efetiva.
Ao passo em que um desenvolvedor com tamanha bagagem têm a autonomia de decidir qual linguagem implementar, como conduzir um projeto e o que fazer para solucionar os problemas por completo, ele também passa a ser cobrado por isso. Neste caso, alguns equívocos já não podem ser cometidos com a mesma frequência que um profissional no início de carreira, que ainda está passando por uma fase de aprendizado prático.
Um desenvolvedor sabe, além de resolver os problemas efetivamente, antecipar-se em relação aos desafios de um projeto. Isso porque já reuniu uma bagagem suficiente de experiências que lhe garantem uma visão a longo prazo de cada projeto em que já participou.
Autonomia, agilidade e liderança
Diferente de profissionais de nível júnior, um programador sênior é um talento que não necessita de supervisão para executar suas tarefas. Profissionais com uma vasta experiência possuem autonomia suficiente para desempenhar seu trabalho e ainda auxiliar os demais ao longo da rotina de trabalho em um projeto. Tudo isso, unindo agilidade no desenvolvimento.
É importante lembrar que autonomia nem sempre significa o mesmo que liderança. Profissionais de nível sênior costumam ocupar cargos de gestão, mas esta não é uma regra. Em alguns casos, a liderança de um programador sênior acontece de forma passiva, através de orientações à equipe (como em treinamentos e mentorias, por exemplo).
De forma resumida, este tipo de talento pode ensinar novas habilidades técnicas e técnicas de programação com profissionais mais jovens, bem como compartilhar sua experiência e conhecimento para ajudá-los a crescer e evoluir em suas carreiras.
As senioridades são flexíveis
É possível ser um desenvolvedor júnior e sênior ao mesmo tempo. Isso porque a carreira de desenvolvimento de software é uma área em constante evolução e é possível adquirir novos conhecimentos e habilidades ao longo do tempo. De modo geral, sua classificação como desenvolvedor júnior, pleno ou sênior depende muito de cada contexto em que você está inserido.
O que o diferencia no mercado é a forma como você lida com as diversas situações nos projetos em que está envolvido. Portanto, antes de categorizar sua experiência busque analisar todo o cenário e se autoconhecer. Desta forma, você entenderá seu momento de carreira e chegará a conclusão sobre em qual nível de senioridade se encontra.