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    Antes mesmo de começar a programar uma solução, é importante validar a necessidade que ela resolve e se a forma que você pensou em resolver possui aderência pelo mercado. Para isso, é essencial fazer um Mínimo Produto Viável (MVP).

    De acordo com o relatório da CBInsights, 42% das startups fecham a porta por não resolverem uma real necessidade no mercado. Nesse cenário, o problema não é desenvolvimento, é estratégico: as bases e premissas da startups foram setadas sem validação.

    Existem vários modelos de MVP que podem te ajudar a sair dessa estatística. Aí vão alguns deles:

    Mínimo produto viável: página de venda fake

    Pergunta chave: meu cliente compraria isso?

    Uma forma de validar se um cliente possui interesse em adotar sua solução, é criar uma página de vendas fake. Tudo que você precisa é de uma página de vendas explicando a sua solução e com um botão de “compre aqui”.

    Quando o cliente clicar neste botão, ele vai para uma página avisando que o produto em breve entrará no mercado e pedindo os dados para contato.

    Essa é uma ótima forma de compreender quantas pessoas realmente estariam dispostas a pagar pelo seu produto.

    Mínimo produto viável: concierge

    Pergunta chave: o quão complexo é rodar este modelo de negócios?

    Neste caso, você vai, manualmente, testar o seu produto com alguns clientes.

    Se você é uma empresa que conecta quem faz marmita e quem compra marmitas, por exemplo, você poderia fazer um Instagram e, quando alguém tivesse interesse em comprar, você mesmo pegaria o produto na casa do fornecedor e levaria até o cliente final, cobrando uma % por isso.

    O concierge não é escalável e, justamente por isso, é seguro para testes.

    Mínimo produto viável: concha de retalhos

    Pergunta chave: meu produto resolve um problema?

    Já vi um empreendedor testando uma ferramenta de gestão com um google forms e uma planilha. Ele coletava os dados através do formulário, a planilha fazia os cálculos e depois entregava os índices para o cliente.

    No teste, ele vendeu esta planilha para o cliente por R$50,00 e, em uma semana, 20 pessoas compraram. A partir disso, ele soube que o produto seria bem recebido no mercado quando virasse um modelo Saas e estivesse completo.

    A concha de retalhos é isso: usar diferentes ferramentas para criar algo que não é um produto finalizado, não é a solução mais conveniente, mas resolve o problema do seu cliente. Seguindo este caminho, é mais fácil aprender e fazer mudanças.

    Quando o mínimo não é tão mínimo assim

    Em alguns casos, o MVP precisa de uma base tecnológica mais desenvolvida. É um caso de grande partes das legaltechs, que precisam de várias tecnologias para garantir a veracidade de informações e cumprir com os requisitos do ambiente jurídico.

    Se esse é o seu caso, é importante compreender o que os diferentes atores que vão interagir com sua solução precisam para que ela tenha utilidade. É importante compreender objeções, regras e limitações.

    O que avaliar para criar um MVP?

    Aqui vão algumas perguntinhas para entender o que é necessário para criar um MVP:

    • Qual a mudança que meu cliente deseja e qual métrica vou usar para mensurar isso?
    • Quem mais está envolvido no processo além do meu cliente? Quais atividades ele precisa realizar? Com quem ele precisa prestar contas?
    • Quais as principais tarefas que ele precisa executar com sucesso ao usar minha solução?

    Respondendo essas três perguntas, você consegue criar um MVP que corresponde a um problema real e que é realmente relevante na vida do seu cliente.

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