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6 maneiras de identificar problemas com a developer experience

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A developer experience (DX) está no centro de qualquer empresa que valoriza seus times de engenharia. Quando a DX está fluindo bem, a equipe é mais produtiva e os processos são mais ágeis. Mas, quando aparecem obstáculos, tudo fica mais complicado: retrabalho, frustração e queda na produtividade. Então, se você quer melhorar a experiência dos devs no seu time, aqui vão 6 maneiras práticas de identificar problemas com a developer experience e dar um boost no ambiente de trabalho.

1. Feedback constante e negativo

Se você está sempre ouvindo as mesmas reclamações da sua equipe de desenvolvedores, é um sinal claro de que algo não vai bem. Reclamações sobre processos, ferramentas que não funcionam como deveriam ou até mesmo sobre a falta de clareza nas tarefas podem indicar problemas maiores. E se o feedback negativo é frequente, vale a pena parar para investigar mais a fundo.

Por exemplo, se os devs estão sempre reclamando de uma ferramenta que trava ou de um processo que demora demais, é hora de pensar em soluções. O que pode parecer uma irritação pequena para a gestão, no dia a dia dos devs, vira um verdadeiro pesadelo. Quanto antes você identificar esses pontos de atrito, mais rápido pode melhorar a DX do time. Afinal, ninguém merece perder horas com uma ferramenta lenta, não é?

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2. Times desmotivados

Se os devs estão desmotivados, uma possível causa pode ser a sobrecarga de trabalho. Quando o time está sempre correndo contra o tempo e precisa lidar com processos ineficientes, o cansaço mental chega mais rápido. Isso afeta diretamente a motivação e, claro, a qualidade do trabalho.

Uma maneira de perceber se a sobrecarga está tomando conta é observar a frequência de deploys e a qualidade do código. Se as entregas estão mais lentas e os bugs mais frequentes, pode ser sinal de burnout. E vamos ser sinceros, reuniões constantes e urgências não planejadas só pioram a situação. Dê espaço para os devs respirarem e mantenha um ambiente saudável para que eles consigam trabalhar com foco e produtividade.

3. Retrabalho constante

Se sua equipe está sempre refazendo tarefas ou corrigindo problemas que já deveriam ter sido resolvidos, isso é um sinal claro de que algo está errado nos processos. Retrabalho é um dos maiores ladrões de tempo e energia de um time de engenharia. E, além de frustrante, isso atrasa todo o andamento dos projetos.

Esse tipo de problema normalmente está ligado a processos mal definidos, falta de documentação ou até mudanças de escopo frequentes. Se bugs estão aparecendo em funcionalidades que já haviam sido entregues, é hora de parar e revisar o que está dando errado. Alinhar expectativas e melhorar a comunicação interna pode ajudar bastante a reduzir o retrabalho e, consequentemente, melhorar a developer experience.

4. Dívida técnica aumentando

Se a dívida técnica está se acumulando e você nunca encontra tempo para lidar com isso, é um sinal claro de que o problema está crescendo. Quando falamos de dívida técnica, estamos nos referindo àqueles “jeitinhos” que os devs acabam dando para entregar algo rápido, mas que vão cobrando seu preço mais tarde. Pode ser um código meio bagunçado, funcionalidades que foram entregues sem todos os testes, ou aquela refatoração que você sabe que deveria ter feito, mas ficou para depois. Com o tempo, tudo isso vai pesando e afetando o desempenho do time.

Quando a equipe está sempre apagando incêndio, lidando com bugs antigos ou códigos que ninguém quer mexer porque está uma bagunça, a produtividade vai ladeira abaixo. Além disso, conforme o tempo passa, consertar esses problemas fica cada vez mais complicado e caro. No final das contas, o produto final também sofre, porque as entregas ficam mais lentas e a qualidade cai.

Normalmente, isso acontece porque o foco está muito em entregar rápido e pouco em garantir que o código esteja bem mantido. E eu entendo, a pressão por prazos é real. Mas se você não cuida da casa, a bagunça acumula e, quando você vê, está gastando mais tempo corrigindo erros do que desenvolvendo coisas novas. Para evitar que a dívida técnica saia do controle, é fundamental reservar tempo para refatorar o código, eliminar duplicações e implementar aquelas melhorias que estão no backlog há meses.

Uma boa estratégia é incorporar o pagamento dessa dívida no dia a dia do time. Pode ser durante os sprints, reservando parte do tempo para mexer no código antigo, ou até dedicando dias específicos só para resolver essas pendências. Assim, você garante que o acúmulo não saia do controle e evita que problemas pequenos se transformem em pesadelos no futuro.

Outra dica é deixar bem visível para todo mundo, inclusive para os gestores, o impacto da dívida técnica. Quando você consegue mostrar que o time está ficando mais lento ou que os bugs estão surgindo por conta dessas pendências, fica mais fácil justificar a necessidade de focar em refatoração e melhorias. No fim, todo mundo sai ganhando: o produto melhora e o time fica mais tranquilo para focar no que realmente importa.

Enfim, a dívida técnica é inevitável em qualquer projeto, mas não precisa ser um problema gigantesco se você gerenciar isso de forma proativa.

5. Falta de autonomia

Autonomia é uma das chaves para manter a developer experience em alta. Se os devs estão sempre esperando aprovações para qualquer passo ou precisam seguir processos extremamente rígidos, isso afeta diretamente a motivação e, claro, a qualidade das entregas. Ninguém gosta de se sentir microgerenciado ou limitado a seguir uma lista de regras que não permitem flexibilidade. Para que o time entregue com mais qualidade e eficiência, eles precisam de liberdade para tomar decisões.

Quando os desenvolvedores têm autonomia para escolher as melhores ferramentas, arquiteturas e soluções para os problemas, eles se sentem donos do processo. E esse senso de propriedade faz toda a diferença: eles passam a cuidar do código como se fosse “deles”, colocando mais atenção nos detalhes e sendo mais cuidadosos nas entregas. Além disso, times com mais liberdade para tomar decisões tendem a ser mais ágeis, porque conseguem se ajustar rapidamente às mudanças sem precisar passar por várias camadas de aprovação.

Agora, autonomia não significa anarquia. O time precisa de diretrizes claras, alinhamento com os objetivos do projeto e boas práticas, mas dentro desse escopo, eles devem ter liberdade para escolher como chegar lá. Por exemplo, em vez de ditar quais frameworks ou bibliotecas devem ser usados, por que não deixar que os devs proponham as opções e discutam em conjunto? Muitas vezes, os próprios desenvolvedores têm ideias inovadoras que podem otimizar o trabalho e melhorar a performance do time.

Dar mais autonomia também significa confiar no time para resolver problemas à sua maneira, sem medo de errar. É importante que eles saibam que erros fazem parte do processo de aprendizado e que, desde que aprendam com eles e os corrijam rapidamente, está tudo bem. Isso cria um ambiente onde os devs se sentem à vontade para testar novas abordagens e melhorar o produto de forma contínua.

6. Trabalho repetitivo

Se tem uma coisa que acaba com a paciência dos devs, é o trabalho repetitivo. Ninguém gosta de ficar preso em tarefas manuais, como rodar testes ou fazer code review linha por linha. Isso não só consome um tempo precioso, como também tira o foco de atividades mais estratégicas e desafiadoras. E vamos combinar, dev curte mesmo é resolver problemas complexos e criar soluções inovadoras, certo?

A automação pode ser uma grande aliada aqui. Automatizar testes é uma das maneiras mais eficazes de garantir que os erros sejam detectados rápido, sem que os devs precisem ficar rodando manualmente cada teste. E o melhor: sobra mais tempo para eles se dedicarem ao que realmente importa. Além disso, o processo de code review automatizado ajuda o time a criar padrões de revisão. Isso significa que todos já sabem o que o sistema vai verificar e podem focar em melhorias maiores, enquanto a automação cuida dos detalhes. Menos tempo perdido revisando código, mais tempo para inovar e resolver os problemas do produto.

Ao investir em automação, você está liberando o desenvolvedor de tarefas repetitivas e permitindo que ele foque no que realmente faz a diferença. Isso, com certeza, impacta diretamente na produtividade do time.

O caminho para uma developer experience saudável

No fim das contas, melhorar a developer experience é algo que precisa de atenção constante. O que causa problemas hoje pode não ser o mesmo daqui a seis meses, especialmente se você estiver em um ambiente de rápido crescimento. O segredo é criar um ciclo de feedback aberto, onde os devs se sintam ouvidos e valorizados. Quanto mais você investir na DX, mais feliz e produtiva sua equipe será — e isso se reflete diretamente nos resultados.

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