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Regras de decisão essenciais para gerente de produto

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Ser o responsável por tomar decisões é uma das principais atribuições que todo gerente de produto precisa saber. Essa habilidade é fundamental para que a execução do projeto pela equipe de desenvolvimento seja feita de forma assertiva e ágil, aumentando a produtividade. Para que as decisões sobre o que fazer em um produto, quais as prioridades e como desenvolvê-lo sejam tomadas de forma rápida, existem algumas regras de decisão que podem ser adotadas no seu time de desenvolvimento.

Por conta disso, nós produzimos um artigo que detalha quais são e como fazer isso de forma efetiva. Confira a seguir.

Realize votações 

Uma das técnicas mais utilizadas entre equipes de desenvolvimento na fase de decisão é a realização de votações para definir o que fazer. O voto majoritário significa que mais da metade das pessoas que devem decidir concordam com a solução ou ideia proposta, aumentando a simplicidade a agilidade na tomada de decisão. Porém, essa situação pode criar uma situação que pode deixar a minoria “perdedora” frustrada e sem vontade de apoiar a decisão.

Por conta disso, é recomendado que essa técnica seja realizada apenas para mudanças pouco bruscas já que, nesse caso, utilizar a de consentimento ou definir após debates construtivos garantem ser os caminhos mais efetivos.

Por unanimidade

Uma das regras mais importantes e que entregam mais resultados se conseguir ser utilizada é decidir sobre um produto de forma unânime entre os profissionais envolvidos. Isso significa que a ideia de projeto foi aceita por todos, criando uma forte adesão e aumentando a produtividade e criatividade, já que todo o time de tecnologia estará caminhando para uma única direção de desenvolvimento.

Além disso, essa é uma forma interessante de decidir por algo que o risco seja bastante alto. Entretanto, uma das desvantagens é que, dependendo do número de profissionais presentes na sua equipe, atingir a unanimidade pode ser um processo longo e demorado, visto que requer o desenvolvimento de um entendimento mútuo e a avaliação de ideias concorrentes. Dentro do processo de discussão, você como gerente de produto talvez tenha que agendar uma série de encontros com seu time de tecnologia a fim de debater ideias e chegar numa conclusão unânime.

Consentimento

Outra regra que todo gerente de produto pode implementar é a decisão por consentimento do seu time sobre a estrutura de algum projeto. Esse tipo de decisão é tomada quando há ausência de objeções e nenhum profissional desaprova o que precisa ser feito.

Decidir por consentimento requer que uma proposta seja formada por meio de um debate entre os profissionais envolvidos e que tenha um entendimento comum entre todos. Se houver alguma objeção, ouça os pontos de vista e pergunte por que as pessoas se opõem à ideia. É ideal também que que novas propostas sejam apresentadas por esses profissionais para que toda a equipe possa adequar a estrutura do projeto em busca de acelerar o processo de tomada de decisão e que não tenham mais objeções significativas.

A aplicação dessa regra de decisão é benéfica quando o gerente de produto não tem tempo para decidir por unanimidade ou quando uma solução é boa o suficiente para o andamento do projeto. Essa técnica de decisão é também uma ótima maneira de entender se a sua equipe de tecnologia – além das partes interessadas -, concordam ou não com o que foi proposto. Porém, a principal desvantagem é que não dá a você o mesmo grau de adesão que a unanimidade, visto que não contestar algo não significa que há apoio

Além disso, tome cuidado para não prejudicar o processo pressionando os profissionais a concordarem com a proposta. Para que o consentimento funcione, todos os envolvidos no processo de tomada de decisão devem concordar com a proposta.

O gerente de produto deve priorizar após debates construtivos

Outra bastante utilizada, e uma das mais importantes, é definir o que precisa ser feito após um discussão com os profissionais envolvidos na estrutura do projeto. Após ouvir todos os pontos, é possível que o gerente de produto construa uma decisão mais assertiva e que tente agradar a todos. Um exemplo bastante prático é definir junto à equipe como desenvolver o backlog de um produto, pedindo a opinião das partes interessadas e do time de desenvolvimento, definindo prioridades e o que não deve ser feito.

Esse tipo de escolha tem benefícios. O principal é que ela proporciona o envolvimento de diversas pessoas na tomada de decisão, apesar de que você ainda mantenha o controle da situação. Ela também pode acelerar o processo, limitando o tempo gasto procurando uma decisão que agrade a todos.

Entretanto, a desvantagem da regra é que as pessoas podem não apoiar sua decisão – ou até mesmo podem ficar frustradas, se opondo se as sugestões delas não forem aceitas. Além disso, se a decisão final for errada os profissionais podem acabar considerando que o erro foi somente do gerente de produto, visto que a definição final foi dele. 

Esse tipo de regra também necessita que você tenha autoridade para tomar a decisão e tenha papel de líder. Dessa forma, você pode aplicar esse método para envolver a equipe de desenvolvimento e as partes interessadas, em busca de se beneficiar dos seus conhecimentos ou até fazer com que se sintam valorizados.

Um bom gerente de produto sabe delegar bem cada função

Por se tratar de alguns aspectos mais técnicos, na maioria dos projetos é esperado que a equipe de desenvolvimento saiba muito mais sobre quais os melhores caminhos para execução de um projeto. Por conta disso, caso o gerente de produto sinta que não tem tanta confiança para opinar sobre determinado assunto, é importante a função de liderar para algum profissional mais específico da área.

Essa delegação ajuda a garantir que as pessoas mais qualificadas decidam e libera seu tempo, visto que você não vai precisar gastar tempo extra tomando decisões. Além disso, quando feita corretamente, essa atitude mostra a seus profissionais que você confia neles e valoriza os seus conhecimentos técnicos. 

Porém, vale lembrar que isso não deve ser feito para tirar a responsabilidade de decisões difíceis. Além disso, não se envolva na tentativa de influenciar os encarregados a tomar uma decisão. Se você precisa se envolver, não delegue esse poder de decisão a outros.

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