A importância das métricas de software para líderes de engenharia é inegável, pois elas fornecem informações valiosas para avaliar o desempenho e a eficiência dos projetos. No entanto, concordar com indicadores-chave de desempenho (KPIs) pode ser desafiador, já que diferentes profissionais têm perspectivas distintas sobre o que é mais relevante.
Neste contexto, nosso objetivo é apresentar e discutir métricas essenciais para ajudar líderes de engenharia a tomar decisões informadas e otimizar seus processos.
Os quatro pilares das métricas de software
Para compreender e avaliar adequadamente o desempenho dos projetos de software, é fundamental analisar quatro aspectos-chave: volume de trabalho, tempo de entrega das tarefas, qualidade do resultado final e custos reais.
O volume de trabalho refere-se à quantidade de tarefas e atividades realizadas pelos desenvolvedores. Ter uma visão clara do volume permite que líderes de engenharia identifiquem possíveis gargalos e otimizem a alocação de recursos.
O tempo de entrega das tarefas está relacionado com a rapidez com que as equipes conseguem concluir suas tarefas, fornecendo uma medida da eficiência do processo de desenvolvimento. Acompanhar essa métrica auxilia na identificação de atrasos e na implementação de estratégias para melhorar a agilidade do projeto.
A qualidade do resultado final abrange aspectos como a estabilidade, a segurança e a usabilidade do software. Monitorar a qualidade é fundamental para garantir a satisfação do usuário e a adoção bem-sucedida do produto.
Por fim, os custos reais envolvem o investimento financeiro necessário para desenvolver, manter e aprimorar o software. Ter uma compreensão precisa dos custos permite que líderes de engenharia tomem decisões informadas sobre o retorno do investimento e a viabilidade do projeto.
Métricas de produtividade e eficiência
As métricas de produtividade e eficiência são fundamentais para avaliar o desempenho das equipes de desenvolvimento de software e identificar oportunidades de melhoria. Algumas métricas relevantes nesta categoria são a taxa de solicitação de merge, o throughput e o cycle time.
A taxa de solicitação de merge mede a produtividade e a eficiência, comparando o número mensal de solicitações de merge associadas a projetos e ao conjunto de pessoas. Essa métrica pode ajudar a identificar gargalos no processo de desenvolvimento e auxiliar na tomada de decisões relacionadas à alocação de recursos.
O throughput representa a quantidade de pull requests mesclados em um determinado período de tempo, ajudando a entender o volume de trabalho produzido e a eficiência da equipe.
O cycle time mede o tempo gasto desde o início do projeto até sua entrega, indicando a velocidade e a qualidade do desenvolvimento. Monitorar o cycle time é crucial para identificar atrasos e implementar estratégias para melhorar a agilidade do projeto.
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Métricas de qualidade e desempenho
Além da produtividade e eficiência, é fundamental analisar as métricas de qualidade e desempenho para garantir a entrega de um software estável, seguro e de alta qualidade. Alguns indicadores relevantes nesta categoria incluem churn de código, taxa de falha de mudança e profundidade de revisão.
O churn de código refere-se à quantidade de mudanças feitas no código-fonte durante um período de tempo específico. Um churn de código alto pode indicar instabilidade no projeto, enquanto um churn de código baixo sugere que o código está mais estável e maduro.
A taxa de falha de mudança é a porcentagem de mudanças no código que resultam em problemas, como bugs ou falhas de segurança. Essa métrica é importante para avaliar a qualidade e a confiabilidade do software desenvolvido.
A profundidade de revisão mede a quantidade de revisões feitas por uma equipe em um determinado período de tempo. Um alto índice de profundidade de revisão indica um processo de revisão de código mais rigoroso, o que pode levar a um software de melhor qualidade.
Outro aspecto crucial da qualidade e desempenho é a refatoração e dívida técnica. A dívida técnica é o custo acumulado de “cortar caminho” durante o desenvolvimento, como a implementação de soluções temporárias ou a omissão de testes. A refatoração é o processo de reestruturação do código-fonte para melhorar sua qualidade e reduzir a dívida técnica.
É importante para líderes de engenharia estabelecer um nível aceitável de dívida técnica e envolver os membros da equipe e as estruturas de negócios na tomada de decisões relacionadas à dívida técnica. Isso ajuda a garantir que o projeto mantenha um equilíbrio saudável entre qualidade e velocidade de desenvolvimento.
Métricas de experiência do usuário
As métricas de experiência do usuário são fundamentais para entender a satisfação dos usuários e o sucesso do software. O Net Promoter Score (NPS) é uma métrica amplamente utilizada para medir a lealdade dos clientes e a probabilidade de eles recomendarem o produto a outras pessoas. Um NPS alto indica uma experiência de usuário positiva, enquanto um NPS baixo sugere que há espaço para melhorias.
Além do NPS, as métricas de usabilidade e acessibilidade também são importantes para garantir que o software seja fácil de usar e acessível a todos os usuários, independentemente de suas habilidades ou limitações. Monitorar essas métricas pode ajudar a identificar áreas que precisam de melhorias e garantir que o software atenda às necessidades de seu público-alvo.
A satisfação do usuário é um fator crucial que influencia o sucesso do software. Um software que atende às expectativas e necessidades dos usuários tem maior probabilidade de ser adotado e recomendado, o que, por sua vez, pode levar a um aumento na base de clientes e no sucesso do negócio. Portanto, é essencial que líderes de engenharia monitorem e priorizem métricas de experiência do usuário ao longo do processo de desenvolvimento de software.
A importância de acompanhar e priorizar as métricas corretas
Escolher e monitorar as métricas corretas é crucial para garantir o alinhamento entre líderes de engenharia e executivos de negócios. Isso permite que as equipes de desenvolvimento se concentrem nas métricas que geram valor ao cliente e que estão alinhadas com os objetivos e requisitos da organização.
É importante evitar anti-KPIs, como velocidade da equipe, linhas de código, commits de código e tickets Jira concluídos, pois essas métricas não fornecem informações valiosas sobre a qualidade e o valor entregue ao cliente. Em vez disso, foque em métricas que refletem a eficiência, o foco e a qualidade do trabalho realizado pela equipe de desenvolvimento.
As métricas selecionadas devem ser ajustadas de acordo com os objetivos e requisitos específicos da organização. Isso pode envolver monitorar métricas diferentes em diferentes fases do projeto ou adaptar as métricas existentes com base nas necessidades e prioridades do negócio.
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